Eu sinto a verdade!

Quatro de março de dois mil e treze. Há exatamente um ano, eu adentrava o estúdio Green Room na companhia de Guh Hipólito, Guilherme Curti, Tchelo Monteiro e Tobi Mazzoti apenas pra “fazer um som”. Decidi que já estava na hora de voltar aos palcos, mas que dessa vez as coisas seriam um pouco diferentes. Era chegada a hora de compor de uma maneira despretensiosa, mas que expressasse tudo aquilo que eu estava sentindo, sem um público-alvo ou qualquer coisa do gênero. Apenas ser eu mesmo, com todos os meus vícios e virtudes, como diria o poeta. O tal do “eu sinto a verdade”, que todo mundo pergunta.

No momento em que as portas do estúdio se fecharam e o primeiro acorde pode ser ouvido, uma energia envolvente tomou conta da galera. A partir daquele momento, posso dizer que a iFeel foi concebida.

Logo no primeiro ensaio, 3 músicas estavam praticamente prontas: “O último guerreiro”, “Fala Sério!” e “Rock and Roll Camisa Preta”. Chega a ser assustador ouvir as demos que gravamos nesse dia.

Enfim… Não pretendo/pretendia fazer um texto muito extenso, apenas queria deixar registrado todo o ORGULHO e SATISFAÇÃO que eu tenho em fazer parte dessa banda, com essa galera, fazendo o tipo de som que a gente faz.

MUITO OBRIGADO A TODOS QUE NOS AJUDAM DIARIAMENTE A TRANSFORMAR ESSE SONHO EM REALIDADE. E QUE ESSE SEJA APENAS O PRIMEIRO DE MUITOS ANIVERSÁRIOS QUE VAMOS COMEMORAR JUNTOS!

“É ROCK AND ROLL CAMISA PRETA E NÃO TEM PRA NINGUÉM!”

No ritmo da amizade

Há exatamente nove anos começava uma amizade. E quem diria que chegaríamos até aqui? Me lembro como se fosse ontem: ele, no seu décimo oitavo aniversário e eu, não passava dos dezessete na época… Fui até o ensaio da sua antiga banda, esperando encontrar “o monstro que tocava com pedal duplo” e no lugar dele, encontrei um garoto franzino, mas cheio de energia.

Foram muitos ensaios, shows, entrevistas, viagens de avião, de bus, de Fiorino, churrascos, idas à praia, a London, momentos bons e ruins, altos e baixos… Crescemos como árvores, dividindo a mesma raíz e fico feliz de saber que, no final das contas, acabamos escolhendo a mesma bifurcação, o mesmo galho.

Sei que já falei isso diversas vezes, até mesmo em rede nacional, mas nesse dia tão especial, resolvi exaltar todo meu carinho e admiração por esse cara que tem sido muito mais que um amigo ou um simples baterista, mas sim um verdadeiro irmão, com o qual eu sei que sempre poderei contar.

Recomeçar é sempre difícil, mas fica mais fácil quando se está em família. Parabéns pelo teu dia e parabéns pra nós, por nove anos de amizade verdadeira.

(Dedicado a Tobias Colassiol Mazzotti)

Eu acredito!

É simples assim: você nasce, cresce um pouco, vai pra escola, faculdade, se forma em alguma coisa que gosta ou não, trabalha das 8h às 18h em alguma coisa que gosta ou não, casa ou não, tem filhos ou não, netos quem sabe e fim. Pode parecer uma visão um pouco pessimista da vida, mas na grande maioria dos casos é assim. Desde o berço você já é “moldado” para ser um médico ou advogado de sucesso, pai de família, responsável. Ser professor ou pedreiro? Ah isso não dá dinheiro… Ser músico, ator ou modelo? Só se você for louco ou vagabundo…

A sociedade se preocupa muito em te fazer seguir determinados padrões e muito pouco em te fazer acreditar em si mesmo, quando na verdade é isso que realmente importa. Só assim você pode ser feliz na sua vida pessoal, profissional e alcançar tudo que almejas. Mas e o dinheiro? Resposta: faça o que você gosta e só assim fará bem feito e com vontade. Logo a chance de ser bem sucedido será muito maior. Eu acredito… Eu sinto!

Dualidade

            Pra mim é simples, existem dois tipos de pessoas no mundo: as que SÃO e as que QUEREM SER.

            As que SÃO já nascem assim, com um brilho diferenciado no olhar. São pessoas que conquistam pelo seu talento e carisma. Nasceram com um dom específico e tudo que precisam fazer é aprimorá-lo em vida. Sabem que estão nesse mundo pra fazer a diferença e não apenas pra seguir um padrão pré-determinado. Conseguem ver a vida com toda sua magnitude e beleza, e as vezes até se frustram por não compreenderem como é possível que as outras pessoas não vejam isso, já que está tudo diante de nossos olhos o tempo todo. Sensibilidade é a palavra que as define.

            As que QUEREM SER, também são pessoas que nasceram com um dom, pois acredito que todas as pessoas nascem com um, mas não conseguem assimilá-lo em meio ao caos e passam a vida toda tentando descobri-lo. Algumas, talvez seduzidas pelo lado negro da força, acabam por parasitar pessoas que SÃO. Talvez seja mais fácil mesmo ficar sugando talento alheio do que desenvolver o seu próprio, mas será que isso é  digno?

            No fim das contas me pergunto se é certo questionar a forma como o mundo funciona desde sempre, mas é aí que surge minha principal verdade, aquela que rege minha vida: eu prefiro errar do meu jeito, afinal de contas, errar é humano e eu nunca quis ser perfeito!

Nostalgia

Sinto falta de uma época longínqua onde a vida era mais simples. Onde todas as preocupações se resumiam a minha vida escolar ou em como iria ocupar minhas tardes tediosas.

Sinto falta da minha passarinha, que me ensinou a  voar pra que eu pudesse conquistar o mundo um dia. Hoje, indubitavelmente, tudo que eu mais queria era poder voltar para o seu ninho.

Sinto falta do tempo em que a pureza ditava o ritmo, onde seguir o coração não era coisa de criança e o mais importante era viver intensamente cada momento.  Incontestavelmente, a melhor época das nossas vidas, que infelizmente não regressará.

Primeiro dia

Nove de março de dois mil e onze, quarta-feira, primeiro dia real do ano. É chegado o dia de refletir e tomar certas decisões que até então vinham sendo adiadas. E como é fácil ficar em cima do muro, deixando tudo acontecer ao seu redor enquanto você simplesmente “aproveita” o último suspiro das férias. Chegou a hora de recomeçar e dar um rumo pra vida. Já não sou mais criança, nem tenho tempo a perder…

Síntese sobre o amor

“Não é aquele que anseia mudar o mundo que terá êxito em seu propósito, mas um simples homem apaixonado que almeja tornar o mundo um lugar melhor para sua amada”

Há tempos buscava encontrar uma maneira de traduzir meus pensamentos e agora creio que finalmente consegui. Muitas pessoas anseiam mudar o mundo, ou pelo menos gritam isso aos quatro cantos por julgarem ser uma coisa nobre a ser dita. Eu, particularmente, nunca fui a favor da expressão “mudar o mundo”, por achar um tanto quanto utópica demais. Acredito sim na soma de pequenas mudanças isoladas como uma forma de revolução. É simples, como na fábula “O beija-flor e a floresta”.

Posso estar errado, mas acredito que não existe nada mais determinado do que um homem apaixonado. E paixão na verdade não é a palavra certa. O amor move montanhas. Gostaria de saber quem foi o primeiro a proferir essa expressão, pois pra mim ela é mais do que verídica. E já que não posso assumir publicamente a autoria de tal provérbio, humildemente publico aqui a minha síntese sobre o amor.

All you need is LOVE.

Quando menos se espera tudo muda. A voracidade impiedosa do tempo (já citada anteriormente nesse mesmo blog) segue como uma verdade absoluta, alimentada por um catalisador cada vez mais eficaz. E pela primeira vez a passagem de um ano pra outro foi realmente significativa. Doze dias se passaram e minha vida já não é mais a mesma. Mais do que isso: minhas concepções de mundo mudaram. E tudo que eu posso dizer é que eu devo muito aqueles quatro caras de Liverpool.

Antes eu achava que isso só acontecia em filmes, livros ou até mesmo canções, mas agora eu vejo que é real. Nada é por acaso e agora tudo faz sentido pra mim. Só tenho a agradecer a vida por me dar esse presente. Dois mil e onze é o ano de fazer valer!

All you need is LOVE.

Change

Mais um ano está para se extinguir. É o fim de um ciclo e o começo de outro. Muitos planos são traçados para o ano subsequente. Mais do que planos, metas a serem seguidas. O objetivo é o mesmo!

Pensei em muita coisa pra dizer neste, que talvez seja meu último post do ano, e me deparei com um trecho de uma música que, ao meu ver, ilustra perfeitamente tudo aquilo que desejo proferir nesse momento:

“Vejo a sorte no futuro / Não o fim do mundo / Nada é pra sempre, muito menos por acaso / Se nem sempre o planejado sai como o esperado / É só uma chance pra enxergar o outro lado”

A sorte está lançada!

Por que?

Por que insistimos em procurar em alguém, a perfeição que não podemos oferecer? Por que será que temos medo de nos entregar por inteiro? Talvez por nos sentirmos vulneráveis nas mãos de outra pessoa… Mas o que é o amor se não querer estar preso por vontade? E de que vale tanta racionalidade se no fundo tudo que queremos é poder mergulhar de cabeça nesse abismo de incertezas? Acredito piamente que o homem descobrirá vida em outros planetas muito antes de ser capaz de compreender todas essas questões…